ÁGUAS VIVAS
Para a proclamação do Evangelho e a edificação do Corpo de Cristo
A autoridade das Escrituras
“Quem crê tem o testemunho em si mesmo” (1 João 5:10, KJV).
É absolutamente essencial para o desfrute da paz estabelecida que o coração descanse exclusivamente na autoridade da Sagrada Escritura. Nada mais será válido. Evidências internas, experiências espirituais, estruturas confortáveis, sentimentos felizes, são todos muito bons, muito valiosos e muito desejáveis; na verdade, não podemos valorizá-los demais em seu devido lugar. Mas, com toda certeza, seu lugar certo não é o fundamento da posição cristã. Se olharmos para essas coisas como o fundamento de nossa paz, logo nos tornaremos turvos, incertos e miseráveis.
O leitor não pode ser muito simples em sua compreensão desse ponto. Ele deve descansar como uma criancinha no testemunho do Espírito Santo na Palavra. É abençoadamente verdadeiro que “Aquele que crê tem o testemunho em si mesmo”. E ainda: “O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”.
Tudo isso é essencial para o cristianismo, mas não deve, de forma alguma, ser confundido com o testemunho do Espírito Santo, conforme nos é dado nas Sagradas Escrituras. O Espírito de Deus nunca leva ninguém a construir sobre Sua obra como base para a paz, mas somente sobre a obra consumada de Cristo e a imutável Palavra de Deus; e podemos ter certeza de que quanto mais simplesmente nos apoiarmos nelas, mais firme será nossa paz, e mais claras serão nossas evidências, mais brilhantes nossas estruturas, mais felizes nossos sentimentos, mais ricas nossas experiências.
Em suma, quanto mais desviarmos o olhar do ego e de todos os seus pertences e descansarmos em Cristo, na autoridade clara das Escrituras, mais espiritualizados seremos; e o apóstolo inspirado nos diz que “ter uma mente espiritual (ou a mente do Espírito) é vida e paz”. A prova mais clara de uma mente não espiritual é a preocupação consigo mesmo. Parece piedade, mas leva para longe de Cristo - para longe das Escrituras - para longe de Deus; e isso não é piedade, nem fé, nem cristianismo. (C.H. Mackintosh).