As asas para amanhã

Você e eu não podemos viver nem um instante no presente; se não avançarmos, retrocedemos. Nossas alternativas são esperanças ou lembranças, Canaã ou Egito, a terra da promessa ou a terra em retrospectiva. O lugar intermediário é sempre um deserto – um deserto estéril. O pensamento não pode habitar ali, nem nunca deve habitar. Ele deve ter as asas para amanhã ou as asas para ontem; ele deve “voar” se deseja descansar.

Sejam, então, minhas as asas para amanhã, Oh meu Deus! Se primeiro eu conseguir as asas para amanhã, então poderei também voltar. A lembrança não pode trazer esperança, mas a esperança pode adornar a lembrança – até as lembranças obscuras. Egito, visto das montanhas de Canaã, pode parecer muito lindo; suas fadigas podem ser glorificadas, suas dores justificadas. Se tu estás me preparando para um céu de amor sacrificial, essas lutas e essas dores, já estão justificadas.

Se o meu Canaã fosse um mero lugar de prazer, cada lágrima derramada no Egito seria um desperdício de tempo. Mas quando, como Calebe, vejo através das barras de cristal de Tua cidade e vejo que a cruz é a coroa dela, posso entender tudo.

Eu compreendo por que tuas rosas têm sido vermelhas, não brancas. Entendo por que as gotas de sangue salpicaram o jardim da vida; compreendo por que minha vontade foi tão frequentemente frustrada, por que meus planos tantas vezes não tiveram êxito, por que meu caminho foi tão interrompido.

É porque a Tua terra de Canaã é uma terra de sacrifício e eu estou me preparando para este sacrifício. É porque a rosa do Teu céu é a flor da paixão do Calvário. É porque o centro do Teu trono contém um Cordeiro que foi imolado. É porque os mensageiros da Tua vontade são espíritos ministradores. É porque a Tua vida de ressurreição mantém as marcas dos pregos. É porque os mais humildes são os maiores no reino de Tua glória. A escravidão do Egito será uma lembrança de ouro quando eu aceitar a visão de Tua terra de Canaã. (George Matheson).

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