Incluídos em Cristo (1)

Uma das verdades mais gloriosas do evangelho, mas também uma das mais desafiantes para a mente humana é a de que fomos incluídos em Cristo antes de nós termos nascido, de maneira que a sorte de Cristo foi também a nossa.

Em que momento fomos incluídos em Cristo? Não foi quando Jesus fazia milagres, nem quando pregava nos Montes da Galiléia, mas sim no momento mais crucial do seu ministério: na sua morte. Paulo nos diz solenemente: "Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados na sua morte?" (Rom. 6:3). Batizar significa submergir, introduzir. Foi quando Jesus morreu na cruz que o Pai nos incluiu nele. Este é um mistério grande e maravilhoso, revelado por meio da fé.

Desde a sua morte na cruz –e a nossa morte com ele– a sorte de Cristo é a nossa também. De maneira que quando ele foi sepultado, nós também fomos: "Porque fomos sepultados com ele pelo batismo na morte..." (Rom. 6:4). E quando ele foi ressuscitado, nós também ressuscitamos: "e junto com ele (Cristo Jesus) nos ressuscitou..." (Ef. 2:6). Mas não somente isso. A Escritura abunda ainda em maiores detalhes, pois nos diz que quando o Senhor foi exaltado à mão direita do Pai, nós também estávamos nele: "e deste modo nos fez sentar nos lugares celestiais com Cristo Jesus" (Ef. 2:6).

A seqüência de feitos gloriosos vividos pelo Senhor Jesus a partir da sua morte na cruz, ele viveu, por assim dizer, conosco sobre os seus ombros, o qual desencadeou uma série de feitos espirituais a nosso favor, que esperam ser vistos, cridos e desfrutados pelos crentes de todas as épocas.

Estes feitos são contrários à lógica humana, impossíveis de ser crido pelo homem natural. Mesmo para muitos cristãos é difícil de digerir. Podem ser entendidos e ainda aceitos mentalmente, mas nem sempre cridos e alcançados como experiência. A morte, sepultamento, ressurreição e exaltação de Cristo "conosco", quer dizer, nossa morte, sepultamento, ressurreição e exaltação com ele, são das experiências mais cruciais na vida cristã.

Isto vai além da primeira experiência do perdão dos pecados pelo sangue de Cristo. A experiência do perdão tem a ver com os nossos pecados, mas não conosco diretamente. Tem a ver com os nossos feitos, mas não conosco mesmos. Por isso, estas experiências associados a Cristo são mais profundas e radicais, porque tem a ver com a nossa pessoa, identidade, e vida.

Necessitamos urgentemente uma renovação do nosso entendimento, para não nos adaptarmos à maneira de pensar do mundo, mas sim manter viva em nosso coração a semente da verdade a fim de que dê abundante fruto (Rom. 12:2). Por isso a Palavra de Deus tem que habitar ricamente em nosso coração (Col. 3:16). Porque esta é uma loucura bendita que precisa transformar-se na lógica cristã por excelência.

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