Vencendo os obstáculos da oração (3)

Outro dos obstáculos na oração do crente é o inimigo, Satanás. Muitas vezes o nosso coração desfalece quando vemos que o nosso inimigo é tão poderoso. Parece que nada nem ninguém pode se lhe opor. No entanto, temos que declarar que ele está vencido.

A derrota do inimigo foi anunciada muito antes, no próprio jardim do Éden: "E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá na cabeça, e tu lhe ferirás no calcanhar" (Gên. 3:15). Aqui são faladas de duas feridas. A ferida do Senhor Jesus foi a exposição ao vitupero e à crucificação; mas a ferida de Satanás foi a sua derrota e destruição eternas por essa mesma crucificação de Jesus Cristo. "Assim, porquanto os filhos participaram de carne e sangue, ele (Cristo) participou da mesma coisa, para destruir por meio da morte ao que tinha o império da morte, isto é, ao diabo" (Heb. 2:14). Também foi a derrota de todos os outros poderes infernais (Col. 2:15).

No Antigo Testamento há duas figuras ou tipos claramente ilustrativos da derrota de Satanás. Em ambos os casos a vitória do povo de Deus desperta um júbilo transbordante, com canções e danças. A primeira é a derrota de Faraó no Mar Vermelho (Êx. cap. 14), e a segunda é a derrota de Golias nas mãos de Davi (1 Sam. 17). Como o povo de Deus não se alegrará pela derrota do inimigo de Deus?

Quando o Senhor Jesus começou o seu ministério derrotou a Satanás no deserto (Mat. 4:1-11). Foi a primeira vez que um homem vencia a Satanás em um encontro frontal. Era a vingança pela derrota do primeiro homem no jardim. Nesta ocasião, o Senhor Jesus amarrou o homem forte (Mat. 12:29), e depois começou a arrebatar-lhe os homens que estavam cativos. Ainda mais, nós mesmos –como igreja– podemos amarrá-lo, porque recebemos autoridade para fazê-lo (Mat. 18:18).

Por um pouco de tempo, ele ainda tem algum âmbito em que pode mover-se, mas ele está sempre restringido por nosso Deus. Ainda o Senhor se serve dele para o nosso bem, por isso permite-lhe ainda atuar. Mas a oração do povo de Deus é absolutamente efetiva contra ele, e devemos exercê-la com diligência, abrangendo todas as áreas em que ele parece estar interessado em estorvar a vontade de Deus.

Quando Daniel orou, houve forças inimigas que impediram a chegada da resposta por algum tempo, mas isso não impediu que chegasse (Dan. 10:12-14). Sim, ajudou que Daniel se exercitasse na oração e na paciência. Assim, pois, até a oposição de Satanás pode nos favorecer, se persistirmos até conseguir o fim da oração, porque, no mínimo, teremo-nos despojado da preguiça e teremos ganhado em paciência. "...a fim de que não vos façais preguiçosos, mas sim imitadores daqueles que pela fé e a paciência herdam as promessas" (Heb. 6:12).

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