A graça e a verdade (3)

Mas o Evangelho de João segue nos mostrando a Cristo, como a graça e como a verdade. Quando o filho do oficial do rei se aproxima do Senhor para lhe pedir por seu filho, o Senhor reprova a sua necessidade de ver milagres para poder crer. Com isso, o Senhor torna patentes as motivações, não só deste homem, mas também de todos os que se aproximava dele. As pessoas não estavam dispostas a crer em sua palavra, mas sim queriam ver milagres e maravilhas. Era a triste realidade. No entanto, isso não cerrou o coração do Senhor à tribulação deste homem, pelo qual curou o seu filho.

Quando o Senhor se aproxima do tanque de Betesda, tinha pelo que parece um só motivo em mente: atender aquele paralítico que fazia 38 anos que estava prostrado. O homem não tinha sido curado, porque não tinha podido aproximar-se do tanque quando o anjo descia para curar. Mas o que ele nunca pôde fazer, o Senhor o faz ao aproximar-se dele. No entanto, depois lhe adverte que não deve cair outra vez em pecado, para que não lhe sobrevenha algo pior. É a união maravilhosa de graça e verdade.

Quando o Senhor multiplica os pães e peixes entre a multidão faminta mostra a maravilhosa graça de Deus. Mas depois, quando lhes repreende por procurar "a comida que perece" e não a comida que "permanece para a vida eterna" se revela o verdadeiro estado dos seus corações, tão humano e interessado. É a verdade crua e sem rodeios. Muitos deles a partir deste momento voltaram para trás.

No episódio com os seus irmãos incrédulos –e zombadores– o Senhor deixa-lhes claro que eles desconhecem os caminhos de Deus, e que atuam pelos impulsos do seu próprio coração; mas em seguida mostra-lhes a graça quando Jesus desce a Jerusalém, onde atende as necessidades do povo oferecendo-lhes a água da vida.

Com a mulher adúltera a graça chega às alturas inefáveis, que os homens são incapazes de sondar. Junto com isso, a verdade é mostrada aos escribas e fariseus, hipócritas e sem misericórdia, tão pecadores como os demais. Eles não podiam julgar com verdade, porque estavam cegos, e não tinham luz. Mas quando se manifesta a luz da verdade, então as trevas fogem, e a mentira fica evidenciada. Por isso o Senhor se apresenta a si mesmo como "a Luz do mundo".

Os judeus presumiam serem filhos de Abraão, era a sua glória e orgulho, no entanto, o Senhor mostra que eles são filhos do diabo. Ai! Como é dolorosa a verdade! Mas o que pode acontecer melhor para o homem que conhecê-la, para que possa proceder assim o arrependimento?

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