A graça e a verdade (2)

No Evangelho de João, mostra a Jesus, "cheio de graça e de verdade". A cada passo, ele ia esbanjando graça e verdade para com os homens. Tudo ia ficando descoberto e sendo restaurado à medida que ele avançava.

Quando o Senhor passou em frente a João Batista, este perdeu dois dos seus discípulos. Até então, João era, para eles o Mestre, mas quando aparece o Senhor, João deixou de ser o Mestre. Chegou o verdadeiro Mestre, diante do qual João ocupa o seu verdadeiro lugar, e quem os discípulos têm que seguir. Quando aparece o verdadeiro Mestre, todos os outros mestres ficam sem discípulos.

Pouco depois nos mostra o Senhor nas bodas de Caná. Na metade da festa acaba o vinho, de maneira que pedem ajuda ao Senhor. E o Senhor converte a água em vinho. O vinho representa o deleite, o prazer do homem. Quando aparece o Senhor, é necessário que o vinho se acabe, pois ele é o verdadeiro gozo do homem. Todos os outros deleites são passageiros, e não duram muito, mas o Senhor dá um gozo melhor e que jamais acaba.

O templo de Jerusalém era, para os judeus, o coração da nação, porque ali habitava Deus. Era um lugar fastuoso, era a própria glória dos judeus. No entanto, quando Jesus entra no templo de Jerusalém, tomou um azorrague de corda e lança fora aos mercadores e cambistas. Esse lugar estava poluído e tinha que ser limpo. Para esses judeus era um lugar santo. Para o Senhor, tinha se tornado um covil de ladrões. A realidade do templo ficou evidente só quando o Senhor chegou.

No capítulo 3 de João temos a Nicodemos, um mestre de Israel. Ele recebia as honras, como um erudito nas ciências divinas. No entanto, quando fica diante do Senhor ele fica desnudo. Na realidade, ele nem sequer era salvo, nem tampouco tinha conhecimento espiritual das Escrituras. O Senhor revela a verdadeira condição do seu coração. Quando o Senhor fala a ele de nascer de novo, e do Espírito, ele faz perguntas tão infantis, que revelam a sua tremenda ignorância.

No capítulo 4 temos a mulher samaritana, que se enganou a si mesmo, ao pensar que podia achar nos vários maridos que tinha tido, a verdadeira felicidade. No entanto, a sua sede não tinha cessado. Era necessário que a Verdade aparecesse, e que mostrasse o caminho verdadeiro: a sede da alma só pode ser saciada com o Espírito de Deus.

No entanto, em tudo isto a graça não está ausente, porque João iria ser depois honrado pelo Senhor, porque nas bodas de Caná o Senhor converte a água em vinho, porque as pombas não foram tocadas na purificação do templo, porque a Nicodemos, o mestre do Israel, mostrou o caminho da salvação, e porque a mulher samaritana bebeu da água viva. É o equilíbrio perfeito entre a graça e a verdade.

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