Três alegorias

Na parte final de Efésios 2 é mostrada a formosura da Igreja mediante três preciosas alegorias: a da cidade, da família e do edifício.

A analogia da cidade nos faz recordar aquela preciosa profecia de Isaías que diz: "Naquele dia cantarão este cântico na terra de Judá: Forte cidade temos; Deus pôs a salvação por muros e antemuros. Abri as portas, e entrará nela a nação justa, guardadora de verdades" (Is. 29:1-2). A Igreja é uma cidade forte, que tem muros e antemuros. Ela tem uma dupla salvação para os que vêm para a sua proteção: a salvação dos pecados (mediante o sangue de Cristo), e a própria salvação (mediante a cruz de Cristo). As portas desta cidade forte se têm aberto para deixar entrar às pessoas justificada pela fé em Jesus Cristo, e que guarda a Sua palavra e não nega o Seu nome (Ap. 2:8, 10).

A igreja é também uma cidade de refúgio, onde acham abrigo seguro os perseguidos pelo diabo. Nela o inimigo não nos pode tocar, pois é cidade de misericórdia (Josué cap. 20).

A analogia da família nos fala de um Pai (Deus), de um Filho Primogênito (Jesus Cristo) e de outros muitos filhos e irmãos. A Igreja é a família de Deus. É a maior família de toda a terra. Nenhum filho aqui é filho único; ao contrário, cada um tem irmãos de muitas cores, raças e línguas, todos eles unidos pela mesma gloriosa vida, pelos mesmos preciosos vínculos.

Na eternidade, o Pai amou tanto a seu Filho Unigênito, que desejou ter muitos filhos como ele. Então se propôs replicar esses atributos, esse caráter, essa formosura, nos muitos filhos que viriam. "Porque aos que antes conheceu, também os predestinou para que fossem feitos conforme à imagem de seu Filho, para que ele seja o primogênito entre muitos irmãos" (Rom. 8:29).

O trabalho presente do Pai e do Espírito Santo é que os muitos filhos sejam conformados a essa Imagem. Para isso o Pai lhes disciplina com amor, e o Espírito Santo os demole e reconstrói. Chegará um dia em que, pela graça de Deus, se parecerão tanto com Cristo, que o Pai achará contentamento em todos eles, tal como o achou antes em nosso Senhor (Mat. 3:17).

Por último, a analogia do edifício nos remete à revelação de Cesaréia de Filipos. A Igreja é um edifício edificado sobre uma Rocha, que é a revelação que o Pai faz de Cristo, de maneira que ainda que se levante contra ela o inferno, como chuva, como rio ou como vento (Mat. 7:25), não a derrubará.

A Pedra é Cristo revelado ao coração e confessado com a boca, tal como ocorreu com Pedro aquela vez. Os que são edificados sobre esta Rocha são pedras vivas (1 Pedro 2:4-5), e quebrantados ao ser postos sobre ela (Mat. 21:44), quer dizer, quebrados em suas fortalezas naturais, para que neles fique só o que tem afinidade com a Pedra angular, escolhida e preciosa.

Cada uma destas alegorias nos mostra a bem-aventurança de quem conhece e estão na Igreja. Como cidade, a igreja nos oferece segurança; como família, a igreja nos oferece a calidez do amor; e como edifício, devemos ser habitação de Deus. Não é maravilhoso?

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